...Dia, noite...
A acompanhante de
luxo, a durabilidade das sensações ecléticas, a verdadeira musa que acaba por
acompanhar os passos dos comuns mortais, a música. Os fetishes divertem-se, a
música sempre preencheu um espaço mesmo que inalcansável, abusa-a, dilacera-a,
engole-a e não tropeçes. No meio de toda a amalgama de sensações/ prazeres/
desejos/ ambições, acabas sempre por procurar a indelével essência humana. O
que cogita alguém a coexistir com os seus pensamentos? Não nos tornemos
redundantes, e se pensarmos bem, todos os indivíduos procuram alguém,
procuram a ligação intrinseca que permite a aproximação perpétua. Enquanto
grupo de pessoas desconhecidas, é de fácil análise a movimentação que o ser
humano busca, uma espécie de conforto desconhecido. Poucos são aqueles que
conseguem subsistir sozinhos, mentalmente falando claro. Assim sendo as
movimentações sobrepõem-se a qualquer outra necessidade quando encontrados
perante um espaço em que obrigatoriamente existam, mesmo que por apenas um belo
par de horas. Estas aproximações e primeiros contactos divergem de entidade
para entidade, a busca de algo que possa ser relacionável com as cadências de
cada um, a busca por aquele pequeno grande toque que permita a despoletação de
um tópico de conversa em que neste ponto, todas as partes envolvidas procuram o
mesmo. A conversa surge e criam-se banalidades, algumas desprezíveis, outras
nem tanto. Quer se queira quer não, existe a análise mental e é tão
interessante ver todos estes procedimentos, equiparável a talvez uma música de "Propellerheads", a "Spybreak" adequa-se, espias e cogitas acções capazes de
superar as intransigências pessoais única e simplesmente para sucumbires à
intitulada conversa de ocasião que permite o tempo passar e nessa tua
incessante certeza ouves, quase automaticamente, música agressiva, vá lá. No
início não se transforma em tortura, mas dá-lhe tempo... claro que ligações
mais fortes podem surgir, mas nada é definivel até o periodo em comum deixar de
existir, aí sim, verificam-se as veracidades dos contactos.
Quando falada a antítese do
encontro com essa outra pessoa que não tende à banalidade, que diverge do teu
mundo no sentido correcto, aí sim as comlpicações surgem. Enquanto grupo em
conhecimento torna-se simlpes a fugacidade de tópicos, enquanto dois seres em
desenvolvimento intelectual, moral, ético, a análise torna-se específica,
torna-se incessante para a certeza que procuras, torna-se em algo que queres, fazendo
os sacrifícios dissolverem-se a uma velocidade alucinante, os fetishes
resurgem, a música ressurge, a melodia ressurge. O contacto bebe então a sua
origem e esperas apenas atingir a delicadeza necessária e que existe em ti,
mesmo que escondida por grande parte do tempo. Não dormes, não corres, mas em
pensamento, sim, em pensamento já estás longe de ti. A prioridade neste caso é
a tenacidade com que podes atingir os teus objectivos, vês realmente o que
interessa e procuras o contacto. Darás contigo nas verdadeiras situações de: “e
agora?”, enquanto isso o nervosismo expande-se, a música mental muda o ritmo e
tornas-te num cliché a deambular em busca daquela palavra que te libertará...
aqui, talvez "Archive" com a música "Wiped Out" te acompanhe, pois indubitavelmente
ela está lá e tentas contrariar a sua essência. Agora o eterno crítico,
profissional aos teus próprios olhos, encrava-se, diverge nos pensamentos
únicos de verdadeira introspeção, pensas na magnificiencia do teu poder de análise, sabes que não te serve de nada e aqui, aqui entra a tua essencia e ficas
exposto. Quando te apercebes, subtilmente vais obstruindo as reações e
calamidades inerentes a cada acção que tomas como certa...