quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Untitled

Após longa ausência eis-me de volta com um projecto novo em que tenho estado a trabalhar. Cá fica o gostinho...


...Dia, noite...

A acompanhante de luxo, a durabilidade das sensações ecléticas, a verdadeira musa que acaba por acompanhar os passos dos comuns mortais, a música. Os fetishes divertem-se, a música sempre preencheu um espaço mesmo que inalcansável, abusa-a, dilacera-a, engole-a e não tropeçes. No meio de toda a amalgama de sensações/ prazeres/ desejos/ ambições, acabas sempre por procurar a indelével essência humana. O que cogita alguém a coexistir com os seus pensamentos? Não nos tornemos redundantes, e se pensarmos bem, todos os indivíduos procuram alguém, procuram a ligação intrinseca que permite a aproximação perpétua. Enquanto grupo de pessoas desconhecidas, é de fácil análise a movimentação que o ser humano busca, uma espécie de conforto desconhecido. Poucos são aqueles que conseguem subsistir sozinhos, mentalmente falando claro. Assim sendo as movimentações sobrepõem-se a qualquer outra necessidade quando encontrados perante um espaço em que obrigatoriamente existam, mesmo que por apenas um belo par de horas. Estas aproximações e primeiros contactos divergem de entidade para entidade, a busca de algo que possa ser relacionável com as cadências de cada um, a busca por aquele pequeno grande toque que permita a despoletação de um tópico de conversa em que neste ponto, todas as partes envolvidas procuram o mesmo. A conversa surge e criam-se banalidades, algumas desprezíveis, outras nem tanto. Quer se queira quer não, existe a análise mental e é tão interessante ver todos estes procedimentos, equiparável a talvez uma música de "Propellerheads", a "Spybreak" adequa-se, espias e cogitas acções capazes de superar as intransigências pessoais única e simplesmente para sucumbires à intitulada conversa de ocasião que permite o tempo passar e nessa tua incessante certeza ouves, quase automaticamente, música agressiva, vá lá. No início não se transforma em tortura, mas dá-lhe tempo... claro que ligações mais fortes podem surgir, mas nada é definivel até o periodo em comum deixar de existir, aí sim, verificam-se as veracidades dos contactos.

Quando falada a antítese do encontro com essa outra pessoa que não tende à banalidade, que diverge do teu mundo no sentido correcto, aí sim as comlpicações surgem. Enquanto grupo em conhecimento torna-se simlpes a fugacidade de tópicos, enquanto dois seres em desenvolvimento intelectual, moral, ético, a análise torna-se específica, torna-se incessante para a certeza que procuras, torna-se em algo que queres, fazendo os sacrifícios dissolverem-se a uma velocidade alucinante, os fetishes resurgem, a música ressurge, a melodia ressurge. O contacto bebe então a sua origem e esperas apenas atingir a delicadeza necessária e que existe em ti, mesmo que escondida por grande parte do tempo. Não dormes, não corres, mas em pensamento, sim, em pensamento já estás longe de ti. A prioridade neste caso é a tenacidade com que podes atingir os teus objectivos, vês realmente o que interessa e procuras o contacto. Darás contigo nas verdadeiras situações de: “e agora?”, enquanto isso o nervosismo expande-se, a música mental muda o ritmo e tornas-te num cliché a deambular em busca daquela palavra que te libertará... aqui, talvez "Archive" com a música "Wiped Out" te acompanhe, pois indubitavelmente ela está lá e tentas contrariar a sua essência. Agora o eterno crítico, profissional aos teus próprios olhos, encrava-se, diverge nos pensamentos únicos de verdadeira introspeção, pensas na magnificiencia do teu poder de análise, sabes que não te serve de nada e aqui, aqui entra a tua essencia e ficas exposto. Quando te apercebes, subtilmente vais obstruindo as reações e calamidades inerentes a cada acção que tomas como certa...