Vago, nada descrito, fala-me do teu nada, dá-me o teu nada, devora-me com o nada, bate-me com o teu nada, percebe-me com nada, não te distraias, antecipa-te, retira o som da minha cabeça, dilacera-me os movimentos… vejo a tua loucura, vejo a demência alheia toda a noite, em cada beco até restar o silêncio, o nada, que venerado, sorve, reaviva o estado comatoso das repetições ansiosas, reconcilia-te, bebe,
desperdiça-te, deita fora a consciência, apodera-te da filtragem e esfuma-te na noite...
(Texto declamado no lançamento do Livro)
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