sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Compêndio do Cubo de Gelo na Biblioteca Nacional de Portugal


Escrever sempre foi algo que me preencheu e ainda o faz. Quando escrevi este Compêndio do Cubo de Gelo, sim, demorou o seu tempo, percebi que atingira um objectivo de vida, havia concretizado, mais do que um sonho, um patamar de euforia interna, exteriorizada em diversos instantes que compõem a nossa existência. Assim sendo, quando a Corpos Editora revelou o seu interesse em publicar o meu livro e toda a panóplia de acontecimentos seguintes que culminaram na oficialização concreta do mesmo, tornou-se numa espécie de viagem cerebral, a certeza que a minha marca estava permanente no nosso país, a nível literário. Sim, todos podemos deixar a nossa marca de variadas maneiras e feitios, passando pelo aprofundar de relacionamentos, por manifestações de desagrado (muito comum nos dias de hoje) para com o outro, (para um bom entendedor meia palavra basta) ou até mesmo por trivialidades que preenchem as nossas vidas. No entanto vou cingir-me à parte literária. Independentemente dos caminhos, decisões, atitudes, pensamentos e acções que tomarei no decorrer da minha vida, estarão para a posteridade (sim, sei que é um termo digno de discussão) na Biblioteca Nacional de Portugal os meus pensamentos, a minha vertente criativa, instantes que vi nascer e desenvolver com diferentes cadências, iras, sorrisos, aconchegos, partilhas, o que de mais negro, puro e belo a minha mente/ personalidade construiu neste Compêndio do Cubo de Gelo. Há quem goste, há quem não goste, há quem perceba, há quem não perceba, há quem leia, há quem não leia no nosso país, porém existirá sempre um "maluquinho" (quem me conhece sabe que o digo com afago) que dirá: "É pá, este tipo é qualquer coisa a escrever!"

É com tremenda alegria que hoje publico esta fotografia do site da Biblioteca Nacional de Portugal, à qual pertencem exemplares, registos e informações variadas de meu Compêndio do Cubo de Gelo.

Beijos e Abraços

Nuno Baptista

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

1 ano desde o Lançamento em Macedo de Cavaleiros no Centro Cultural

Um ano após o Lançamento do Compêndio do Cubo de Gelo no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros, a vida corre com os seus altos e baixos, no entanto a escrita não pára, mas sobre isso falarei brevemente. Para os mais distraídos e para os mais atentos, aqui fica o vídeo do dito Lançamento, para ver ou rever este dia marcante em todo o sentido da palavra.


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Untitled

Após longa ausência eis-me de volta com um projecto novo em que tenho estado a trabalhar. Cá fica o gostinho...


...Dia, noite...

A acompanhante de luxo, a durabilidade das sensações ecléticas, a verdadeira musa que acaba por acompanhar os passos dos comuns mortais, a música. Os fetishes divertem-se, a música sempre preencheu um espaço mesmo que inalcansável, abusa-a, dilacera-a, engole-a e não tropeçes. No meio de toda a amalgama de sensações/ prazeres/ desejos/ ambições, acabas sempre por procurar a indelével essência humana. O que cogita alguém a coexistir com os seus pensamentos? Não nos tornemos redundantes, e se pensarmos bem, todos os indivíduos procuram alguém, procuram a ligação intrinseca que permite a aproximação perpétua. Enquanto grupo de pessoas desconhecidas, é de fácil análise a movimentação que o ser humano busca, uma espécie de conforto desconhecido. Poucos são aqueles que conseguem subsistir sozinhos, mentalmente falando claro. Assim sendo as movimentações sobrepõem-se a qualquer outra necessidade quando encontrados perante um espaço em que obrigatoriamente existam, mesmo que por apenas um belo par de horas. Estas aproximações e primeiros contactos divergem de entidade para entidade, a busca de algo que possa ser relacionável com as cadências de cada um, a busca por aquele pequeno grande toque que permita a despoletação de um tópico de conversa em que neste ponto, todas as partes envolvidas procuram o mesmo. A conversa surge e criam-se banalidades, algumas desprezíveis, outras nem tanto. Quer se queira quer não, existe a análise mental e é tão interessante ver todos estes procedimentos, equiparável a talvez uma música de "Propellerheads", a "Spybreak" adequa-se, espias e cogitas acções capazes de superar as intransigências pessoais única e simplesmente para sucumbires à intitulada conversa de ocasião que permite o tempo passar e nessa tua incessante certeza ouves, quase automaticamente, música agressiva, vá lá. No início não se transforma em tortura, mas dá-lhe tempo... claro que ligações mais fortes podem surgir, mas nada é definivel até o periodo em comum deixar de existir, aí sim, verificam-se as veracidades dos contactos.

Quando falada a antítese do encontro com essa outra pessoa que não tende à banalidade, que diverge do teu mundo no sentido correcto, aí sim as comlpicações surgem. Enquanto grupo em conhecimento torna-se simlpes a fugacidade de tópicos, enquanto dois seres em desenvolvimento intelectual, moral, ético, a análise torna-se específica, torna-se incessante para a certeza que procuras, torna-se em algo que queres, fazendo os sacrifícios dissolverem-se a uma velocidade alucinante, os fetishes resurgem, a música ressurge, a melodia ressurge. O contacto bebe então a sua origem e esperas apenas atingir a delicadeza necessária e que existe em ti, mesmo que escondida por grande parte do tempo. Não dormes, não corres, mas em pensamento, sim, em pensamento já estás longe de ti. A prioridade neste caso é a tenacidade com que podes atingir os teus objectivos, vês realmente o que interessa e procuras o contacto. Darás contigo nas verdadeiras situações de: “e agora?”, enquanto isso o nervosismo expande-se, a música mental muda o ritmo e tornas-te num cliché a deambular em busca daquela palavra que te libertará... aqui, talvez "Archive" com a música "Wiped Out" te acompanhe, pois indubitavelmente ela está lá e tentas contrariar a sua essência. Agora o eterno crítico, profissional aos teus próprios olhos, encrava-se, diverge nos pensamentos únicos de verdadeira introspeção, pensas na magnificiencia do teu poder de análise, sabes que não te serve de nada e aqui, aqui entra a tua essencia e ficas exposto. Quando te apercebes, subtilmente vais obstruindo as reações e calamidades inerentes a cada acção que tomas como certa...   

terça-feira, 10 de abril de 2012

1 ano desde o lançamento no Labirintho - Porto





Porque fez ontem 1 ano o primeiro lançamento do Compêndio do Cubo de Gelo (no Labirintho - Porto), aqui fica o vídeo, para ver e rever, este momento tão importante na minha vida.

Beijos e Abraços

segunda-feira, 26 de março de 2012

Becos...





Becos, becos escuros de cavidades incapazes e imorais, becos de cascas e cascalhos, becos de oportunidades encurraladas pelas vozes mestras do pensamento vanguardista… direcionas o toque na justaposição alegórica da palavra “becos”, permaneces à rebeldia nas linhas circundantes, culminas opiniões e devoras pensamentos vorazes para esboçares um sorriso maldoso, patente nas paredes imaculadas à tua feição. Sentes o odor, libertas um suspiro no reflexo aquoso em perfeita simbiose com o beco, sentes o apaziguamento e delineias novos gestos…      

sábado, 25 de fevereiro de 2012

1 ano de Compêndio do Cubo de Gelo.wmv

1 ano oficial de existência do Compêndio do Cubo de Gelo

Oficialmente o livro conheceu a luz do dia fisicamente no dia 25 de Fevereiro de 2011, faz hoje um ano, assim sendo deixo aqui a entrevista que me foi feita em Dezembro de 2011.
Durante o dia de hoje mais surpresas...

Entrevista ao Jornal Cipreste, Macedo de Cavaleiros – Dezembro 2011
Entrevista realizada por Patrícia Cordeiro



Compêndio do Cubo de Gelo

Nuno Baptista publica o seu primeiro livro

Nuno Baptista é o mais recente talento literário de Macedo de Cavaleiros, emocionado e orgulhoso contou-nos, numa curta entrevista, como lhe tem corrido a vida desde a publicação do primeiro livro.

O Compêndio do Cubo de Gelo é um livro de prosa-poética – inspirado na sua maioria nos textos que ao longo de alguns anos foi escrevendo. A recolha de alguns desses textos é agora editada pela Corpos e teve a sua primeira apresentação ao público no famoso Labirinto no Porto. Esse foi para o jovem escritor “um dia de nervosismo, teria finalmente no próprio dia todas as pessoas juntas que iriam declamar alguns textos, tal quereria dizer que havia ensaios a serem feitos. Assim sendo, a tarde foi reservada para ensaios e o início de noite foi a preparar o local. O proprietário do local, Danyel Guerra, também este escritor, deu início à sessão de apresentação, os declamadores prosseguiram com o acompanhamento de oboé e claro, uma breve apresentação do livro por minha parte. Diria que correu maravilhosamente o dia na sua totalidade, entenda-se o cumprimento de um sonho, um dos seus passos definitivos…”

Dia 10 de Setembro, foi a vez de, no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros, recebermos Nuno Baptista e o Compêndio, e esse foi um dia muito especial: “saber que teria garantida uma sala no Centro Cultural, que o Presidente da Câmara Beraldino Pinto havia acedido ao meu convite de abertura do evento e ter o apoio da Câmara Municipal e da Vereadora Sílvia Garcia para o efeito, transmitiu-me uma segurança diferente, em conjunto com um orgulho tremendo de poder dar a conhecer à minha Terra Natal toda uma obra que me deu um prazer imenso criar e desenvolver. A apresentação do livro em Macedo de Cavaleiros levantou-me algumas questões, se iria contactar declamadores profissionais, a própria utilização dos recursos que o Centro Cultural disponibilizava, etc., até que cheguei à conclusão de quem melhor para declamar os meus textos do que as pessoas que me conhecem bem e pessoas que eu amo acima de tudo, em vez de ter alguém que mal conheceria a ler algo tão pessoal meu. Foi assim que cheguei à família, pai, António Baptista, irmãos, Rui Batista e Gil Baptista a declamar e a minha sobrinha Inês Batista a acompanhar com piano. O que senti, como já referi, passa por orgulho, felicidade pura em ter a minha família envolvida neste projecto meu e, claro, os amigos que acompanham as minhas loucuras.”

Para este jovem Macedense que se lança agora nesta aventura editorial o “feedback” dos leitores é muito importante e como explica: “ tenho tido alguns pareceres interessantes, como por exemplo o terem adorado o formato, os textos, a minha liberdade em relação à estrutura frásica de um poema, à rima, à inovação que em pequenos jogos mentais que desenvolvo com o leitor. Mais simplificado, ouvi algo como ser fabuloso, mas não perceber metade do texto. Um exemplo que guardo foi terem-me dito que numa abordagem inicial, o livro aparentava ser “pesado” e quando a pessoa em causa, no lançamento do Porto, ouviu os textos mudou a sua opinião e ficou a gostar imenso do livro. Já me transmitiram que a minha escrita é muito musical, que gostam da ligação directa que efectuo com o leitor, que está muito bem escrito, mas que talvez seja ”tenebroso”, foi a palavra utilizada, que justifico com o meu objectivo de marcar o leitor e pôr a descoberto todas as facetas que compõem um ser humano.”

A receptividade do livro tem sido portanto muito positiva e há já quem espere a saída de um próximo.

Mas entretanto Nuno tem estado ocupado, não só com as apresentações do livro, mas a marcar presença noutros eventos e a “experimentar” novas vivências que esta entrada no mundo editorial lhe tem proporcionado: “Tem sido uma experiência deveras interessante, desde a edição do livro que tenho tido contacto com diversas entidades e grupos de escrita, é um mundo com características muito próprias, participei em encontros de poesia no Porto e em Vila Nova de Gaia, o ter estado presente na Feira do Livro do Porto também me abriu portas interessantíssimas e neste momento trata-se de publicitar ao máximo o “Compêndio do Cubo de Gelo”. Embora tenha feito apenas duas presenças oficiais, mais a presença na Feira do Livro do Porto, tenho mantido uma envolvência significativa em termos editoriais e organizacionais, planeamento e publicação de informação adicional. A nível gráfico também aqui surgiu um novo mundo a descobrir, desde reuniões a estabelecer metas e objectivos, uma vez que optei por ser o grande responsável pela parte publicitária. Neste momento, o grande objectivo é esgotar a primeira edição do livro, que embora o caminho esteja a longo, está a decorrer sem sobressaltos e as vendas têm-se mantido.”

Sobre as expectativas que tinha em relação à edição, o jovem escritor confessa que: “não sabia bem o que esperar de tudo isto, foi algo completamente novo que surgiu no meu caminho e que aprendi a caminha-lo de uma forma que considero ser bastante vantajosa, aqui agradeço à minha editora que sempre me apoiou e compreendeu o que pretendia com o meu livro, dou o exemplo de eles não terem mexido na organização que tinha definido para o meu livro, acederam aos meus propósitos, claro está, mantendo também o que seria proveitoso para ambas as partes. Posso dizer que sim, está a corresponder às minhas expectativas, aprendi imenso sobre diversas áreas de trabalho, aprendi imenso a nível organizacional e também posso afirmar que existiu um crescimento interno significativo.”

O próximo ano é um que se espera preenchido. O escritor, cuja aptidão artística se estende também ao desenho e design gráfico, está a desenvolver um filme de animação inspirado no Compêndio do Cubo de Gelo. Durante 2012 realizará duas exposições de pintura, uma em Macedo, em local a definir e outra no Porto, uma vez mais no Labirinto. Fará ainda algumas apresentações do livro, uma delas na livraria da Universidade de Aveiro.

O Compêndio do Cubo de Gelo já está à venda em Macedo na Livraria ContraK e estará muito em breve na Biblioteca Municipal e na Biblioteca da Escola Secundária.

Entre os vários locais de compra, pode ainda seguir o escritor em:
http://compendiodocubodegelo.blogspot.com 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mistake

Mistake


A extensa jornada vivencial depara-se com fingimentos, cortesias díspares de mentiras encobertas pela névoa, com memórias errantes de pecados mortais que assolam a vítima de disparos mentais assoberbados… não consegues tocar o cérebro vazio, talvez a quebra esteja na desconfiança repetida, és discreto, consumido, diluído, mas discreto nos passos silenciosos, nos actos endividados de maleitas outrora procuradas… embora desprovido de palavras meigas, os cortes longitudinais dementes prosseguem em direcção ao lóbulo central para te encontrares às escuras, para não existir nada em particular, apenas a boca fechada com os errantes erros erráticos…


in Compêndio do Cubo de Gelo

domingo, 22 de janeiro de 2012

Temptation Resides



Temptation Resides


Suavemente voltas o rosto no obscurantismo pautado de coerções grotescas onde outrora tal não se evidenciava… ondulas o corpo nas asas energúmenas subtilmente dissipadas em pensamentos de descontentamento exacerbado… os ecos permanecem…


in Compêndio do Cubo de Gelo

sábado, 21 de janeiro de 2012

You see



You see

Vês… vês o caos, a rua, a brisa, os passos alheios, os olhares de outrem, a confusão vibrante das luzes, o ruído de uma pestana a cair, a imensidão do vazio nocturno, a velocidade do tempo quando estás quieto, a cinza a cair, a gota de água a bater no cano, as paredes, o chão, a lamacenta pegada de alguém, o grotesco, a beleza, os teus dedos, as tuas pernas, o teu nariz, os cigarros caídos, a garrafa destituída, a garrafa crescente, as pedras, o horizonte, um beijo, um abraço, um toque, uma esternutação, um ritmo, uma tomada, carvão, um adeus, um cumprimento, um adormecer, um acordar, irritação, leveza, tumultos, clamores, desordem, estupidez, a noite, o frio, a vivacidade, a tenacidade, a acalmia, o encosto, a cabeça caída, o olhar fechado, o cansaço, vês…

in Compêndio do Cubo de Gelo

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Compêndio do Cubo de Gelo já à venda em Macedo de Cavaleiros.

Apesar de já terem passado uns dias, aqui ficam os meus votos de um Bom Ano de 2012 a todos!
É com um enorme prazer que anuncio mais um local de venda do livro, agora além dos restantes locais (http://www.worldartfriends.com/store/989-nuno-baptista-compendio-do-cubo-de-felo.html ; Na FNAC por encomenda ; Livraria Corpos - Rua do Almada nº 254 - Porto )  também se encontra à venda em Macedo de Cavaleiros na Livraria ContraK, no edifício MR.

Aqui está o cartão de visita, criado em meados do final de ano de 2011.
Em breve estará disponível um excerto da entrevista ao Jornal Cipreste (jornal de Macedo de Cavaleiros).